terça-feira, 21 de junho de 2016








Imagens da turma do PROJOVEM 2015/2016, na Escola 13 de Outubro. Essas imagens são do jantar do final do ano 2015.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Disciplina: Geografia

Ano / turmas: 2º A, B, C e D

CAPITALISMO E A DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO

A divisão internacional do trabalho é a “distribuição das atividades econômicas ao redor do globo”. Lembre-se que isso segue um contexto de desenvolvimento e capacidade tecnológica, ou seja, não há qualquer órgão ou país que determine essa divisão, e os países que não conseguem se desenvolver mais não estão nessa condição porque querem, mas porque sua formação histórico-econômica o conduziu a isso.
Basicamente são consideradas duas “Divisões internacionais do trabalho” – a velha e a nova.

A) Velha divisão internacional do trabalho:

Vigente até o início do século passado considera como fator de divisão a existência ou não da atividade industrial, antes restrita aos países desenvolvidos. Tínhamos, portanto:

Países desenvolvidos: produtores/exportadores de bens industrializados.

Países subdesenvolvidos: produtores/exportadores de matérias-primas.


B) Nova divisão internacional do trabalho:

É a atual divisão, onde surgem os países subdesenvolvidos industrializados (também chamados “emergentes” ou “países em desenvolvimento”). Temos, portanto:

- Países desenvolvidos: produtores/exportadores de tecnologia.

- Países subdesenvolvidos industrializados: produtores/exportadores de bens industrializados.

- Países subdesenvolvidos: produtores/exportadores de matérias-primas.

Observe que:         


- Essa nova divisão não significa que os países exportem apenas esse tipo de produtos, ou seja, os países desenvolvidos, por exemplo, também exportam produtos industriais mais simples e até mesmo matérias-primas.         

- O Brasil enquadra-se nos países subdesenvolvidos industrializados, possuindo um amplo parque industrial, mas lembre-se que os bens agromineradores (primários) respondem por boa parte de nossas exportações.           

- A tecnologia exportada pelos países desenvolvidos na atual divisão internacional do trabalho é aquela presente em seus bens industriais de alta tecnologia, franquias, royalties e patentes (esses últimos referem-se ao pagamento por uso de uma marca, produto, tecnologia ou conhecimento registrado pelos seus desenvolvedores).

A DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO

Acompanhando as mudanças ocorridas com a evolução do capitalismo, as relações entre os países e suas especializações no mercado internacional a DIT também se modificam.

DIT do Período Colonial



As regras das relações entre metrópoles e colônias foram estabelecidas pelo pacto colonial, segundo o qual a colônia só podia manter relações comerciais com a metrópole. Surgiu assim a primeira divisão internacional do trabalho (DIT), caracterizada pelo envio de matérias-primas das colônias para as metrópoles e de produtos manufaturados das metrópoles para as colônias

DIT da nova ordem mundial: nesse mesmo período, com a industrialização de alguns países subdesenvolvidos, outra DIT passou a conviver com a DIT clássica. Essa nova divisão internacional do trabalho é muito mais complexa, envolvendo o fluxo de mercadorias e de capitais, de ambos os lados. Esses países subdesenvolvidos deixaram de ser unicamente fornecedores de matéria-prima para os países.



 Países desenvolvidos industrializados
  -Produtos industrializados,
  - Tecnologia;
  - Capital – (empréstimos
  e investimentos produtivos
  e especulativos)
  
                                        
Países industrializados                    
                                                           
 - Matéria-prima, produtos
    industrializados.
 - capital, lucro das transnacionais
 - capital especulativo, pagamento,
 - divida externa, e royalties pela
  propriedade intelectual.


Referência

Capitalismo e a Divisão Internacional do Trabalho. Disponível em: <http://geografalando.blogspot.com.br/2012/04/assunto-divisao-internacional-do.html>. Acesso em: 06 de junho de 2016.




Disciplina Geografia - 3º ano/turmas: A, B e C.

Estrutura Geológica do Brasil
O Brasil, por apresentar uma grande extensão territorial (8.514.876 Km²), possui estrutura geológica composta por três tipos distintos.escudos cristalinos, bacias sedimentares e terrenos vulcânicos.

Escudos cristalinos 

Responsável por aproximadamente 36% do território nacional, essa formação ocorreu no período pré-cambriano. Ela apresenta composição diferente conforme os terrenos arqueozoicos (32% do território nacional) e proterozoicos (4% do território). No primeiro é possível encontrar rochas como o granito, gnaisses, grafita e elevações como a serra do Mar. Sua formação é a mais antiga, apresentando pequena riqueza mineral. Já nos terrenos proterozoicos, há rochas metamórficas que formam jazidas minerais (ferro, níquel, chumbo, ouro, prata, diamantes e manganês). A serra dos Carajás, no estado do Pará, é um terreno proterozoico.

Bacias sedimentares 

Essa formação recobre cerca de 60% do território brasileiro. São constituídas de espessas camadas de rochas sedimentares, consequência da intensa deposição de sedimentos de origem marinha, glacial e continental nas partes mais baixas do relevo. Nesses terrenos é possível encontrar petróleo e carvão mineral, além de minerais radioativos (urânio e tório), xisto betuminoso, areia, cascalho e calcário.

Terrenos vulcânicos 

São áreas que sofreram a ação de derrames vulcânicos. Esse processo originou a formação de rochas como o basalto e o diabásio. A decomposição do basalto é responsável por fertilizar o solo, no Brasil essas áreas são denominadas de “terra roxa”.



Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia



Relevo brasileiro
O Brasil tem uma formação rochosa antiga, esculpida pelo vento, pela água, pela temperatura e pelo homem. Essa formação rochosa é composta majoritariamente por planícies, planaltos e depressões.
Classificação do relevo brasileiro
Por Aroldo de Azevedo – Leva em conta o nível altimétrico, classificando o relevo em planície e planalto.
Por Ab’Saber – Leva em conta o processo geomorfológico. Planícies são áreas em que predomina a sedimentação e planaltos são áreas em que predomina a erosão.
Por Jurandyr Ross – Leva em conta o processo geomorfológico. Planalto é uma superfície irregular, acima de 300 metros de altitude e produto de erosão. Planície é uma área plana, formada pelo acúmulo recente de sedimentos. Depressão é uma área plana, formada por processo de erosão, a depressão absoluta é abaixo do nível do mar e a relativa tem altitude inferior ao relevo que a circunda.
Tipos de solo
Arenoso: Muito poroso e permeável, portanto, pouco fértil.
Argiloso: É fértil e retém água, mas dependendo do nível de evaporação pode apresentar facilmente desertificação.
Terra preta ou massapé: Muito fértil e rica em húmus.
Terra roxa: Muito férteis, apresenta basalto e muitos minerais.
Salmorão: Composto por fragmentação de rochas.
Aluviais: Compostos por sedimentação.
Húmus – Resultante da decomposição de matéria orgânica, ótimo fertilizante.


 Jurandyr Ross e a classificação do relevo brasileiro

Em 1989 o professor Jurandyr Ross elaborou outra classificação do relevo, dessa vez usando como critério três importantes fatores geomorfológicos:
- a morfoestrutura- origem geológica;
- o paleoclima- ação de antigos agentes climáticos;
- o morfoclima- influência dos atuais agentes climáticos.
Trata-se de uma divisão inovadora, que conjuga o passado geológico e o passado climático com os atuais agentes escultores do relevo. Com base nesses critérios, o professor Ross classifica três tipos de relevo:
- planaltos- porções residuais salientes do relevo, que oferecem mais resistência ao processo erosivo;
- planícies- superfícies essencialmente planas, nas quais o processo de sedimentação supera o de erosão;
- depressões- áreas rebaixadas por erosão que circundam as bordas das bacias sedimentares, interpondo-se entre estas e os maciços cristalinos. Esse três tipos de relevo compõem, em conjunto, 28 unidades, identificadas no mapa abaixo:




Fonte: Geografia do Brasil, Jurandyr L. S. Ross, org. http://lucinhahb.blogspot.com.br/2012/03/jurandyr-ross-e-classificacao-do-relevo.html.


Classificação do Relevo Brasileiro
A Classificação do Relevo Brasileiro para melhor compreender a estrutura física do nosso país, foi elaborada, diferentes modelos de classificação.
O território brasileiro, com uma área de aproximadamente 8.516.000 km², é considerado um país com dimensões continentais. Por esse motivo, ele apresenta uma grande diversidade no que se refere à fisionomia de suas paisagens e às características de suas formas de relevo, o que tornou o seu detalhamento uma tarefa bastante difícil. Assim, para melhor compreender a estrutura física do nosso país, foram elaborados diferentes modelos de classificação do relevo Brasileiro.
Em termos gerais de caracterização, o espaço físico do Brasil é conhecido por ter uma formação geologicamente antiga, o que significa que ele esteve, ao longo das eras geológicas, mais tempo exposto à ação dos agentes externos ou exógenos de transformação do relevo, como as chuvas, os ventos e demais fatores. Por isso, as formas superficiais foram bastante desgastadas ao longo do tempo, o que explica, por exemplo, a ausência de grandes cadeias montanhosas no país.
A primeira classificação do relevo brasileiro – incluindo o seu mapeamento e total caracterização – só ocorreu na década de 1940, quando foi possível, então, ter uma noção inicial das composição geomorfológica do território nacional. Essa classificação foi realizada pelo Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), liderada pelo professor e pesquisador Aroldo de Azevedo.
Na classificação do relevo brasileiro, segundo Aroldo de Azevedo, o Brasil ficou dividido em 59% de planaltos, conceituados como terrenos acidentados com mais de 200 metros, e 41% de planícies, consideradas como áreas planas com altitudes inferiores. As áreas mais altas, acima de 1200 metros, perfizeram um valor muito pequeno, de aproximadamente 0,58%. Assim, o Brasil foi dividido em oito unidades de relevo: o planalto das Guianas, a planície Amazônia, o planalto Central, a planície do Pantanal, o planalto Atlântico, a planície costeira, o planalto Meridional e a planície de Pampa. Confira o mapa abaixo:

No ano de 1958, no entanto, uma nova classificação do relevo brasileiro foi realizada, essa também executada pelo Departamento de Geografia da USP, sob a liderança de Aziz Ab’Sáber. Esse geógrafo adotou outras conceituações e passou a considerar como planalto toda e qualquer área em que o processo de erosão (perda de sedimentos) é superior ao de sedimentação (acúmulo de sedimentos). Nas planícies, de maneira inversa, é a sedimentação quem supera a erosão. Portanto, o critério da altitude não estava mais inserido na classificação do relevo brasileiro, mas sim os tipos de processos geomorfológicos predominantes.
Por conta dessa mudança nos conceitos de planície e planalto, a classificação do relevo brasileiro foi modificada. Os planaltos então passaram a compor cerca de 75% do território brasileiro enquanto que as planícies ficaram com 25%, perfazendo um total de dez unidades de relevo: o planalto das Guianas, a Planície e Terras Baixas Amazônicas, o planalto Central, o planalto do Maranhão-Piauí, o planalto Nordestino, a planície do Pantanal, as serras e planaltos do Leste e Sudeste, as planícies de terras baixas costeiras, o planalto Meridional e o planalto Uruguaio Sul-Rio-Grandense. Observe o mapa a seguir:


Mas, novamente, uma nova classificação foi realizada com base na modificação dos critérios para a definição dos tipos de relevo. Dessa vez, os estudos foram realizados pelo geógrafo Jurandyr Ross no ano de 1989, que utilizou como ponto de partida a própria classificação de Aziz Ab’Sáber. Assim, com base nos conhecimentos previamente estabelecidos e nas imagens obtidas pelo projeto Radam Brasil, entre 1970 e 1985, Ross realizou um minucioso mapeamento que resultou em uma classificação mais completa e complexa.
Uma novidade na classificação do relevo brasileiro de Jurandyr Ross foi a introdução de mais um tipo de unidade de relevo: as depressões. Nessa definição, era considerada depressão qualquer área de relevo aplainada que estivesse rebaixada em relação ao seu entorno, caracterizando as “depressões relativas”, haja vista que no Brasil não existem “depressões absolutas”, aquelas que se encontram abaixo do nível do mar. A classificação de Ross foi tão mais detalhada, por conta dos resultados do projeto Radam Brasil, que nela o território brasileiro ficou dividido em 28 unidades de relevo, sendo 11 planaltos, 11 depressões e 6 áreas de planícies. Conforme podemos verificar no mapa abaixo, o espaço geomorfológico brasileiro ficou marcado pela presença de grandes depressões, como a da Amazônia Oriental, e alguns grandes planaltos, como as Chapadas da Bacia do Parnaíba e da Bacia do Paraná. Dentre as planícies, o destaque vai para a do Rio Amazonas e os tabuleiros litorâneos.

Essas sucessivas caracterizações e detalhamentos de território brasileiro foram muito importantes não apenas para o conhecimento sobre as paisagens naturais do nosso país, mas também para auxiliar o planejamento público de ocupação do espaço geográfico. Além disso, uma maior e melhor noção da disposição de tipos minerais e das diferentes estruturas puderam ser analisadas, o que favoreceu a atividade econômica da mineração.
Por Rodolfo F. Alves Pena
Mestre em Geografia




DESFILE DA ESCOLA 13 DE OUTUBRO 2022